terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

poema silêncio

Escuto aquela canção nobre
Que os sons não a fazem
E só a alma percebe
As Odes imortais da solidão
Onde moram os que se esquecem?
A ave negra do alto corteja
O sublime canto das dores reais...
A pálida beleza da amada...
Que voz pálida e pútrida vem
Embalar minha morada
Cujo anjo frio me olha
Aonde meu caminhar...
Não existe
Meu doce e mortal sangue...
Não existe
Agora só o venenoso soro
Corre no meu corpo
E a paz atormentada
Não me acalma
Como a canção que não faz som...


Necroterium

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