sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O apanhador no campo de centeio

Oi gente! Estou aqui para comentar de um livro que li a um tempinho e esqueci de comentar aqui para vocês, estarei colocando uma análise de um dos capítulos do livro e uma mais geral. Lógico que não é o primeiro e muito menos o ultimo, não sou tão chata ao ponto de contar o fim de uma história. (:
Obs.: Sim o livro é bom, apesar de uma começo meio parado, mas melhora ao decorrer da história. Tem umas indiretas e um final meio que inesperado, e uma personagem com personalidade flutuante. Vulgarizando isso parece ser a Carminha da novela Avenida Brasil em que uma hora é boazinha e outra é a vilã da história.



Análise de narrativas
O apanhador no Campo de Centeio



O livro The Catcher in the Rye
(O apanhador no campo de centeio, no Brasl/
 À espera no centeio ou
Uma agulha num palheiro, em Portugal)
de J.D. Salinger, livro do genêro Ramance.

Introdução

O trabalho a seguir é responsável pela análise do romance O Apanhador no Campo de Centeio, de acordo com os elementos que uma narrativa apresenta.  Mas o que vem a ser narração?
 A narração tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e imaginários. Baseia-se numa evolução de acontecimentos, mesmo que não mantenham relação de linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada em verbos de ação e conectores temporais.
Narrar é um ato presente em nosso cotidiano, quando contamos e ouvimos histórias, por exemplo, podendo esta ser verdadeira ou fictícia. A narrativa em si, pode ser encontrada de várias formas, oral ou escrita, prosa ou verso.

O texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:

- Apresentação. Geralmente coincide com o começo da história; é o momento em que o narrador apresenta os fatos iniciais, as personagens e ás vezes, o tempo e o espaço.                                                            

- Complicação ou desenvolvimento. É a parte do enredo em que é desenvolvido o conflito.
- Clímax. É o momento culminante da história, ou seja, aquele de maior tensão, no qual o conflito atinge o seu ponto máximo.
- Desfecho. É a solução do conflito, que pode ser surpreendente, trágica, cômica, etc., e corresponde ao final da história.
Além dessa estrutura, para uma narrativa estar completa, precisa em suas linhas responder as seguintes perguntas:
-Quem? Personagens.
-Quê? Atos, enredo.
-Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos.
-Onde? O lugar da ocorrência.
-Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos.
-Por quê? A causa dos acontecimentos.



Parte teórica – elementos narrativos

O texto narrativo é baseado na ação que envolve narrador, enredo, personagens, tempo, discurso e espaço.
O narrador é quem seleciona os fatos narrados e os apresenta de determinada maneira de acordo com sua intenção. É ele também quem marca o tom da narração, a ordem dos fatos, caracteriza as personagens e dirige, em suma, o decurso da ação.  A narração se classifica em dois tipos distintos:
-Narração em primeira pessoa. Nesse caso, o narrador, chamado narrador personagem, participa, como protagonista ou como testemunha, dos acontecimentos que narra.
-Narração em terceira pessoa. É o tipo mais comum de narração. Nesse caso, o narrador não participa dos fatos que narra, apenas conta o que acontece às personagens. Este pode ser onisciente, ou seja, aquele que conhece tudo sobre as personagens: o que fazem, sentem, pensem etc. Ou, então, observador, aquele que somente conta o que as personagens fazem ou dizem, sem entrar em seu interior.
A ação constitui o enredo (ou trama narrativa), composto pelos fatos do modo como o narrador os apresenta.
As personagens são os seres reais ou fictícios que vivem os fatos narrados. Podem ser pessoas, animais ou objetos personificados. 
De acordo com a importância no desenvolvimento da ação, classificam-se em principais e secundárias. Entre as principais, destacam-se o protagonista, aquele que conduz a ação, e o antagonista ou opositor, personagem que se opõe ao protagonista. Quanto às secundárias, denominadas também coadjuvantes, co-auxiliam no desenvolvimento da história.
 Já, conforme o grau de profundidade psicológica, com que se apresentam, podem ser planas ou redondas.
As planas são constituídas de uma única ideia ou qualidade; carecem de profundidade. A personalidade delas é pobre e repetitiva; são previsíveis quanto ao se comportamento, infensas à evolução. Jamais surpreenderão durante ou ao final da narrativa. Podem ser subdividas em:
-Tipos. São personagens típicas, de contornos e características peculiares.
-Caricaturas. São personagens que têm distorções propositais, a fim de ensejar o cômico, o ridículo, o satírico.
As redondas são complexas, bem acabadas interiormente, repelem todo o intuito de simplificação, São também chamadas de multiformes, e surpreenderão porque evoluem na narrativa. Dinâmicas e tridimensionais, podem ser subdividas em:
-Caracteres. São personagens cuja complexidade se acentua, gerando conflitos insolúveis.
-Símbolos. São personagens que parecem ultrapassar a barreira do mero humano, transcendem. Estas personagens, imprevisíveis em suas atitudes, rompem com a linearidade e nos provocam impactos com suas ações.
O tempo revela sua fundamental importância, pois retrata a duração em que se dá a ação. Constituindo o pano de fundo para o enredo. Pode ser classificado em:
-Tempo Cronológico. É o tempo que transcorre na ordem natural dos fatos do enredo. É o tempo relacionado ao enredo linear, ou seja, à ordem em que os fatos ocorrem. Chama-se cronológico porque pode ser medido em horas, meses, anos, séculos.
-Tempo psicológico. É o tempo que transcorre numa ordem determinada pela vontade, pela memória ou pela imaginação do narrador ou de uma personagem. De acordo com esse tempo, os fatos podem ou não aparecer em uma ordem linear, isto é, coincidente com a do tempo cronológico.
Usa-se muito a técnica do flashback, que consiste em voltar ao tempo.
O discurso relaciona-se à própria mensagem que nos é transmitida, sendo que esta pode se materializar de formas diversas, expressas por:
-Discurso direto. Nele, a fala das personagens é revelada na íntegra, ou seja, tal e qual acontecem. Para tanto, o diálogo, além de ser expresso com base nos sinais de pontuação adequados, conta com a participação dos chamados verbos de elocução, na maioria das vezes revelados por: dizer, afirmar, interrogar, retrucar, gritar, negar, entre outros.
-Discurso indireto, Agora, ao invés de haver a participação direta, o narrador é quem se encarrega de retratá-la, por intermédio de suas próprias palavras.
-Discurso indireto livre. Ocorre quando o narrador insere de forma discreta os sentimentos das personagens ou até mesmo a fala das personagens à sua – chegando ao ponto de não haver distinção entre ambas.
Os fatos de uma narrativa relacionam-se com o espaço em dois níveis:
Espaço físico ou geográfico, os acontecimentos da narração sempre se dão em algum lugar. Muitas vezes pode-se deduzir o lugar onde ocorre sem a necessidade de que ele seja especificado pelo narrador. Para alguns autores, o espaço da narração tem grande importância, fazendo do espaço literário, algumas vezes, o protagonista da história. Trata-se de um espaço vivo que, personificado, adquire em vários momentos o papel de protagonista, representando um elemento importante, quando se interpreta o desenvolvimento da ação.
O espaço social (ambiente) é o conjunto de elementos materiais e espirituais que formam o local onde se desenvolve a ação.  É o espaço carregado de características socioeconômicas, morais e psicológicas em que vivem as personagens. Ocasionando a aproximação entre tempo e espaço, acrescentando o clima, sendo esse responsável por caracterizar o mundo da personagem, como por exemplo, as condições socioeconômicas, morais, religiosas, psicológicas etc. Suas funções são situar a personagem em suas condições de vida, representar e estar em conflito com as personagens, opondo-se a elas. E também fornecendo índices que ajudam o leitor na compreensão e no andamento da história.



Análise dos trechos

Análise 1- encontro de Holden Caulfield com Sally Hayes. Cap. 17 P.123 a 132.
“Afinal, avistei Sally subindo a escada e comecei a descer para encontrá-la. Ela estava um estouro. No duro mesmo. Estava com um casaco preto e uma espécie de boina preta. Ela quase nunca usava chapéu, mas aquela boina ficava cem por cento. O mais engraçado é que na hora que a vi, me deu uma bruta vontade de casar com ela. Sou biruta. Nem ao menos gostava muito dela e, apesar disso, de repente, me senti como se estivesse apaixonado e quisesse casar com ela. Juro por Deus que sou biruta. Reconheço.
 – Holden! – ela gritou – Que bom te encontrar! Faz séculos que não nos víamos!”.
Quanto às personagens do trecho identificamos Holden e Sally, as quais classificamos do seguinte modo:
- Holden. Quanto à importância é o protagonista, pois toda a história se desenvolve em torno dele, sendo suas ideias, principais. Agora quanto à caracterização, é uma personagem redonda, por apresentar características mais complexas. Por exemplo, é indeciso e ansioso, percebe-se isso nas últimas frases do texto destacado inicialmente: “O mais engraçado é que na hora que a vi, me deu uma bruta vontade de casar com ela.”
-Sally. Quanto à importância é uma personagem coadjuvante ou secundária, por apenas dar apoio à narrativa, sendo assim menos importante. Quanto à caracterização, é uma personagem plana tipo, representando a burguesinha de classe alta, isso concluído a partir de lugares que frequenta, pessoas que conhece etc. Como por exemplo, na página 107, quando comenta de um camarada de Harvard e um cadete de West Point.
O narrador tanto neste trecho, quanto no livro inteiro é personagem, por ser narrado pelo próprio Holden, usando verbos e pronomes em primeira pessoa, como em “avistei”, “me deu”, “sou”, “me senti” entre outros.
O tempo utilizado no livro em um todo é psicológico, e apesar de o trecho escolhido estar em ordem cronológica, a narrativa vai surgindo e sendo determinada a partir das lembranças de Holden, chamadas de flashback, uma volta no tempo.
Os espaços físicos em que se dão os trechos são, o encontro no relógio de biltmore para assistirem a uma peça da Broadway dos Lunts, e logo após foram ao ringue de patinação na Radio City.
O ambiente, agora falando no campo psicológico e social, é confuso, desnorteado e perdido, pelo fato de Holden nunca saber ao certo qual é o seu lugar, como no final do capítulo dos trechos analisados em que propõe a Sally para fugirem juntos repentinamente. Deixa subentendido em alguns trechos do cap.15 que é uma pessoa de família abnegada, “Mas meu pai é bastante rico”; e sem nenhuma religião aparente, “E acho que teria gostado mais se o tempo todo não estivesse preocupado com que, de repente, elas quisessem saber se eu era católico ou não”. 
O discurso utilizado nos trechos é direto. Podemos ver isso em: “– Holden! – ela gritou. – Que bom te encontrar! Faz séculos que não nos vemos!”.

Análise 2 – Holden com a colega de sua irmã Phoebe cap. 16

“Ela estava tendo um trabalhão dos diabos para apertar os patins. Não tinha luvas nem nada, e as mãos dela estavam vermelhas de frio dei-lhe uma ajuda. Puxa, fazia não sei quantos anos que eu não segurava uma chave de patins. Mas não estranhei nem um pouquinho. Sou capas de apostar que, se puserem uma chave de patins na minha mão daqui uns 50 anos, e na maior escuridão do mundo eu ainda sou capaz de dizer o quê é. Ela me agradeceu e tudo quando acabei. Era uma garotinha muito simpática e muito educada. No duro, fico um bocado feliz quando uma criança sabe ser simpática e educada, na hora em que eu acabo de apertar os patins dela ou coisa parecida. As maiorias das crianças são assim. é assim. É memo. Perguntei a ela se queria tomar um chocolate quente comigo, ou outra coisa qualquer, mas ela disse que não, muito obrigada. Disse que tinha que se encontrar com uma amiguinha. Criança tem sempre um encontro marcado com algum amigo. Eu me esbaldo com isso.”

No trecho a narração é feita por um narrador personagem, representado no trecho – e no livro como um todo – na forma de Holden. A narração tem como ponto de vista o da 1ª pessoa que é dada pelo Holden. O qual já viveu a situação e está contando-a dessa forma atualizando a história e também comentando os fatos.
As ações de Holden, em quanto personagem constituem o romance – narração de caráter longo –, porém no trecho há uma demonstração de fluxo de pensamento, em que ele coloca suas impressões sobre a menina e sua relação com a ação – arrumar os patins.
Já os personagens a serem considerados nos trecho são o próprio Holden e a menina – possível amiga da irmã mais nova de Holden:
A menina é ajudada por Holden, é uma personagem coadjuvante – de pouca importância – como criança ela representa um personagem plano por sua simplicidade e sem conflitos.
Holden na narrativa como um todo é um personagem esférico, porém no trecho é possível notar um comportamento de um personagem plano, por não apresentar nenhum conflito interno. No trecho ele demonstra o prazer de admirar a inocência da menina e já mostrando a referencia ao apanhador no campo de centeio, por gostar inocência da criança, e tentar manter-la por perto, um trecho que comprova isso é “fico um bocado feliz quando uma criança sabe ser simpática e educada”.  Ele também é tido como personagem principal da história.
No trecho por se tratar do pensamento do Holden trata-se de um espaço privado e ao mesmo tempo restrito, não tendo interferências externas e tratar de impressões e pensamentos dele somente, fato esse ligado também a idéia de fluxo de pensamento, já comentada.

Análise 3
O narrador de uma história é uma entidade fictícia que narra à ação, podendo seguir diversos pontos de vista e, assim, oferecendo informações sobre o enredo. A presença do narrador no “Apanhador no Campo de Centeio” é autodiegético, pois desde o início Holden, o protagonista, narra sua história em primeira pessoa, como pode ser visto no trecho abaixo:

“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde eu nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que meus pais faziam antes que eu nascesse, e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso.”
Quanto à ciência/ focalização do narrador, podemos classificar como interna, pois durante a ação são narrados apenas os fatos e as visões e opiniões internas de Holden, contando suas idéias, fazendo juízos de valor, caracterizando o  posicionamento narrativo como subjetivo, como no trecho abaixo
“- Sally?
- Sim... Quem fala? - ela perguntou. Era uma cretinazinha de marca maior. Eu já tinha dito ao pai dela que era eu.
- É Holden Caulfield. Como vai?
- Holden! Vou bem, e você?
- Muito bem. Escuta. Como vai você? Quer dizer, como vai de colégio?
- Vou bem - ela disse. - Quer dizer, sabe como é, né?
- Ótimo. Bem, escuta aqui. Será que você tem algum compromisso para hoje? É domingo, mas sempre tem uma ou duas matinês no domingo. De caridade, ou coisa que o valha. Quer ir?
- Gostaria muito. Grande idéia. Magnífico!
Magnífico. Se há uma palavra que eu odeie é magnífico. É tão cretina.”

Análise 4 –
Jane Gallagher é uma personagem de O Apanhador no Campo de Centeio.
Sua primeira “aparição” é quando Stradlater afirma que irá sair com “uma tal de Jean Gallagher”. Holden rapidamente o corrige e diz que seu nome é Jane, e não Jean. Jane parece ser a primeira pessoa com que Holden se importa, pois até então, só reclamara da vida e das pessoas.
Jane não tem um grande desenvolvimento na trama. É uma personagem plana e coadjuvante. Em certas passagens do livro, Holden parece gostar de Jane genuinamente, como nos trechos a seguir:
“ ...  – Jane Gallagher – repeti. Cheguei até a me levantar da pia quando ele disse quem era. Quase caí duto. – Se conheço! Ela praticamente morou ao lado da minha casa, nas férias de verão há dois anos. ... “ (página 35)
“... – Veja só, Jane Gallagher -. Não conseguia tirá-la da minha cabeça. Não conseguia mesmo – Tenho que ir lá e pelo menos dar um abraço nela.” (página 36)
“... sentado naquela poltrona caindo aos pedaços, no vestíbulo do hotel. Pensando na Jane. Por pouco não ficava doido toda vez que chegava na estória dela com o Stradlater na porcaria do carro do Ed Banky...” (página 82)
O Apanhador no Campo de Centeio se apresenta na forma temporal psicológica de Holden, onde ele conta sua história em forma diacrônica, mas fazendo comentários com sua situação atual, no presente. Jane não chega a aparecer em nenhuma cena da narração de Holden, do enredo. Sua única interação com Jane é quando ele relembra de uma de suas férias no Maine, quando jogava xadrez com Jane.


Análise 5 -
Holden teve um irmão, o Allie, que morreu, e muitos acreditam que é a morte dele que deixa o Holden naquele estado, afinal, ele fala muito sobre o irmão dele, e é lógico que ele sente muito a falta dele.
Ele descreve o irmão dele:
“Então resolvi escrever sobre a luva de beisebol do meu irmão Allie. Era um assunto um bocado descritivo, no duro. Meu irmão Allie era canhoto, e por isso tinha uma luva de beisebol para a mão esquerda. Mas o que havia de descritivo nela é que tinha uma porção de poemas escritos em todos os dedos, na cova da luva, por todo canto. Em tinta verde. Ele copiava os poemas na luva porque só assim tinha alguma coisa para ler durante o jogo, quando não havia ninguém arremessando. Ele agora está morto. Teve leucemia e morreu quando nós estávamos em Maine, no dia 18 de julho de 1946. Qualquer um teria que gostar dele. Era dois anos mais moço do que eu, mas umas cinquenta vezes mais inteligente. Os professores deles estavam sempre escrevendo cartas para minha mãe, dizendo que era um grande prazer ter um menino como o Allie na turma. E não era simples conversa mole, era mesmo pra valer. O caso é que ele não era só o mais inteligente da família. Era também o melhor de todos, em muitos sentidos. Nunca ficava aborrecido com ninguém. Dizem que as pessoas de cabelo vermelho estão sempre se irritando com a maior facilidade, mas o Allie nunca brigava, e tinha o cabelo um bocado vermelho.”
O narrador é Holden, falando do irmão que morreu um narrador em primeira pessoa, também é narrador personagem, por ser ele quem está fazendo a ação, é possível perceber isso em “resolvi” um verbo em 1ª pessoa.
Holden amava seu irmão e a inteligencia dele, além de tudo ele falava o tempo todo dessa criatividade e o quanto ele era amado por todos, e que ninguém no mundo não gostaria de alguém como Allie.
Allie é um personagem Coadjuvante, ou seja, não é o principal, um secundário. Ele é sitado algumas vezes, ele é um personagem plano por não ter grandes complexidades e ser criança.
No trecho é possível considerar o um ambiente restrito e privado, por não ter influencias externar e por se tratar dentro da mente de Holden.



 Analise do trecho pertencente ao capítulo 16:

“Ela estava tendo um trabalhão dos diabos para apertar os patins. Não tinha luvas nem nada, e as mãos dela estavam vermelhas de frio dei-lhe uma ajuda. Puxa, fazia não sei quantos anos que eu não segurava uma chave de patins. Mas não estranhei nem um pouquinho. Sou capas de apostar que, se puserem uma chave de patins na minha mão daqui uns 50 anos, e na maior escuridão do mundo eu ainda sou capaz de dizer o quê é. Ela me agradeceu e tudo quando acabei. Era uma garotinha muito simpática e muito educada. No duro, fico um bocado feliz quando uma criança sabe ser simpática e educada, na hora em que eu acabo de apertar os patins dela ou coisa parecida. As maiorias das crianças são assim. é assim. É memo. Perguntei a ela se queria tomar um chocolate quente comigo, ou outra coisa qualquer, mas ela disse que não, muito obrigada. Disse que tinha que se encontrar com uma amiguinha. Criança tem sempre um encontro marcado com algum amigo. Eu me esbaldo com isso.”

No trecho a narração é feita por um narrador personagem, representado no trecho – e no livro como um todo – na forma de Holden. A narração tem como ponto de vista o da 1ª pessoa que é dada pelo Holden. O qual já viveu a situação e está contando-a dessa forma atualizando a história e também comentando os fatos.
As ações de Holden, em quanto personagem constituem o romance – narração de caráter longo –, porém no trecho há uma demonstração de fluxo de pensamento, em que ele coloca suas impressões sobre a menina e sua relação com a ação – arrumar os patins.
Já os personagens a serem considerados nos trecho são o próprio Holden e a menina – possível amiga da irmã mais nova de Holden:
A menina é ajudada por Holden, é uma personagem coadjuvante – de pouca importância – como criança ela representa um personagem plano por sua simplicidade e sem conflitos.
Holden na narrativa como um todo é um personagem esférico, porém no trecho é possível notar um comportamento de um personagem plano, por não apresentar nenhum conflito interno. No trecho ele demonstra o prazer de admirar a inocência da menina e já mostrando a referencia ao apanhador no campo de centeio, por gostar inocência da criança, e tentar manter-la por perto, um trecho que comprova isso é “fico um bocado feliz quando uma criança sabe ser simpática e educada”.  Ele também é tido como personagem principal da história
No trecho por se tratar do pensamento do Holden trata-se de um espaço privado e ao mesmo tempo restrito, não tendo interferências externas e tratar de impressões e pensamentos dele somente. 



Bibliografia:
Enciclopédia do estudante. Volume 08- Redação e comunicação, técnicas de pesquisa, expressão oral e escrita. Estadão.
Português Linguagens – William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Atual Editora.





1 comentários:

Anônimo disse...

ficou massa gostei vlw